sábado, 6 de setembro de 2014

DEVEMOS PAGAR POR ALGO QUE NÃO COMPRAMOS OU USUFRUIMOS?

Qualquer um de nós não gostaria de entrar numa loja e ter de pagar por um produto ou um serviço que não comprou, certo?

Então como é possível que alguém que não gosta de uma coisa destas, incentiva a que sejam criadas e aprovadas leis que obrigam alguém a pagar por trabalho não realizado, ainda para mais quando uma empresa está num dos momentos mais críticos da sua atividade, o arranque?

A resposta é fácil: porque não são eles que o vão ter de pagar, pois as organizações onde estão sobrevivem simplesmente do dinheiro que recebem pelo facto de outros trabalharem e receberem pelo que trabalham e pelo que a lei diz que tem que receber e não trabalhar.

É por isto mesmo que estas pessoas optam por criar um custo fixo, que existe independentemente da pessoa ter contribuído com atividade e por conseguinte sem a empresa ter gerado retorno, em vez de optarem por criar a obrigatoriedade de repartição dos lucros efetivos desta empresa, por quem fez trabalho efetivo para eles serem obtidos.

É por isto que muito trabalhador não percebe que quem lhe paga o ordenado não é o patrão ou o banco, mas a atividade e o retorno da empresa, na prática, o cliente.

O problema é que na prática este tipo de leis existe porque alguém não acredita na racionalidade e competência das pessoas para serem gestores, criando então armadilhas e obstáculos que elas próprias levam a que as pessoas não sejam nem racionais, nem tenham condições de ser competentes.

Este tipo de leis existe porque alguém acreditou (e bem) que numa determinada altura os lucros não eram repartidos pelos trabalhadores.

Mas daí a criar uma lei que obriga a repartir lucros que podem não existir, será justo?

E na realidade o que acontece é que quem tem condições paga o mesmo que quem não tem e isto não é justo, porque leva a que quem não tem condições hoje porque está a começar, muito dificilmente as consegue vir a ter, porque há partida todos ganham com a sua empresa menos ele.

É por isto que a taxa de morte das empresas novas é tão elevada.

Para que não haja dúvidas, a mim não me custa dividir os ganhos com os outros.

A mim custa-me é ser obrigado a dividir o que não tenho e nem sequer sei se vou ter.

Alguém gosta de pagar por aquilo que não vai levar da loja?

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