sábado, 25 de julho de 2009

OPENBOOK - O GARANHÃO E A MÁQUINA DE BUFAS - Parte 9

Sala de partos... choro....é cortado o cordão umbilical... o obstetra levanta o recém nascido... a mãe chora lágrimas de extrema felicidade...
398g, sem defeito de fabrico, registado com o nome: Garanhão Filipe da Costa Sousa e Silva.

O "da Costa" é, de facto, da mãe, quanto ao Sousa e Silva, é de um pai que não o quis, mas a mãe não desiste! Não desiste, pois o "Garanhão" também vem do pai ...

Convém mencionar que o pequeno garanhão teve que ir para a incubadora durante algum tempo, porque tinha um pequeno problema. Não tinha peso suficiente para sobreviver sozinho. Num misto de triteza e alegria a sua mãe foi assistindo ao seu aumento de peso. Incrível!!! Em cinco dias o nosso garanhão Sousa e Silva atingiu 4 Kg e saiu dos serviços de neonatologia fresco que nem uma alface e pronto a receber o que o mundo lhe reservava.

Acontece que o mundo que o iria receber não estava preparado para acolher um caso que, não se tratando própriamente de um defeito de fabrico, fazia intrigar toda uma comunidade cientifica em torno do seu crescimento velozmente abrupto. Desde que nasceu, vem aumentando numa média de 1000gr (1Kg) por dia. A mãe desespera com tamanha velocidade.

Foi conseguido que, depois de um ano de intensos testes clínicos, inúmeras experiências, tratamentos de controle hormonal e bastantes depósitos na conta da IURD, Garanhão Filipe estabilizasse a sua envergadura.
Com médicos, família e amigos aliviados, no dia do seu primeiro aniversário, apresentou o rico perfil de 1m 56cm e 70Kg. E nem só nas proporções físicas o petiz Garanhão Filipe impressionou. Foi capaz de cantar o "Parabéns a você" em quatro diferentes línguas. Umas melhores do que outras, como foi o caso do russo em relação ao inglês, onde saiu um "Anibury to you, Anibury to you, Anibury Garanhão_o, Anibury to you".

Será que isto nos dava alguma pista em relação ao pai?

Não o podemos afirmar com convicção, mas não seria de estranhar. A única coisa que é certa (sim, porque sou daquelas pessoas simples que lidam com factos) é que o С Днём рождения! saiu muito melhor do que o Happy Birthday.

No meio disto tudo será que Garanhão tem 1/4 de 4 pais de nacionalidades diferentes?

Era a pergunta que o momento impunha, mas quanto a isso a mãe fechava-se em copas. Não dizia, nem que yes, nem que sopas, fazendo crescer o mistério em redor do crescido e poliglota Garanhão Filipe.
O petiz era agora disputado por televisões e jornais de todo o mundo, aparecendo lado a lado com outras personagens dignas de freak shows. O público deliciava-se com a sua personalidade, pois o rapaz de um ano de idade correspondia com distinção aos mais variados desafios, desde recitar os Lusíadas, a enumerar os nomes de todos os jogadores do Campeonato do Mundo de Futebol e manter com fluência uma conversa telefónica com o Presidente francês Sarkozy.
Até ao dia em que, numa deslocação a Moscovo, se revoltou com o pedido de um famoso apresentador da televisão russa.

Não. Ele não era obrigado a mostrar fosse o que fosse em troca de um doce. Assim, chateado, saiu e deixou o homem com o microfone na mão e cara de tolo. Tolo porque achava ele que aquilo era uma brincadeira com um miúdo com aquela idade, mas não era. Garanhão não era um miúdo como os outros. Era diferente.
Partiu. Percebeu a tempo que não queria ser usado como um diferente, mas queria usar a sua diferença para fazer bem aos outros. Desde que este bem não fosse aliviarem as suas frustações rindo de uma anormalidade!!!
Tinha decidido, e estava decidido, que só iria aparecer e colaborar em acções e eventos com objectivos bem esclarecidos e que trouxessem alguma coisa de boa para os outros.

Garanhão tinha mais uma vez dado mostras de ter uma idade muito diferente daquela que a identificação dizia. Estaria o mundo preparado para alguém assim? Veríamos.

E veríamos mais rápido do que o que achávamos!!! Havia um sítio que estava preparado. Também ele era pequeno. Também ele era diferente. Também ele era único. Ao chegar lá o GG, que é como quem diz Grande Garanhão, ficou logo deslumbrado. Era diferente de tudo o que já tinha visto, mas era um diferente… diferente. Percebem? Assim como que bom!!! Do chão saíam uma águas e uns fumos. Haviam sítios que eram bastante quentes. Haviam sítios onde, pasme-se!!!, até se faziam comidas na terra. E o cheiro?!?!?! O cheiro!?!?!! GG tinha a certeza que era o tipo que o acompanhava que devia ter um problema. Só podia. Ele não era, por isto só podia ser o outro. Mas não havia forma de confirmar. Ou melhor, não tinha coragem de dizer nada. Seria melhor perguntar? Achou que não e bem bom que o fez, porque percebeu a tempo que afinal  cheiro vinha de lá, dos buracos e águas. Àquilo tudo chamavam Furnas, mas para ele não passava de uma autêntica máquina de bufas.

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PS: Este livro é escrito por todos os que quiserem pegando na história no ponto em que estiver publicado e deixando a sua contribuição na caixa de comentários. Eu vou actualizando o livro com os parágrafos que forem sendo deixados nos comments.

1 comentário:

Anónimo disse...

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