quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

QUEM TUDO QUER, TUDO PERDE

No fim de semana fomos à loja de telemóveis no Hiper Solmar, daqueles da marca azul, para finalmente comprar um novo para a Xana.

Vimos lá um que era acessível (59,90€), perguntamos à mulher informações, que ela soube ler muito bem no papel, dizendo somente de memória que o dito não levava cartão de memória.

Dissemos não faz mal, porque usamos a memória do próprio bicho.

Claro que ao chegar a casa e depois de passar as coisas por blueotooth rapidamente percebemos que o telemóvel não serve para o que a Xana precisa.

Hoje fomos à loja, explicamos à senhora a situação e dissemos que queríamos devolver o telemóvel para comprar outro melhor.

A resposta foi perentória: Não pode trocar. Só se tiver alguma anomalia.

Explicamos outra vez que não tinha nenhuma anomalia, que afinal tínhamos percebido que aquele aparelho não servia para as nossas necessidades e que queríamos trocar por um melhor.

Não houve volta a dar. Não e mais nada.

São coisas destas que mostram a pouca vontade e inteligência dos nossos negócios em Portugal, porque o que a senhora ganhou foi que nunca mais na vida aquela loja vai ver um cêntimo nosso e possivelmente vamos ter de comprar um outro telemóvel e já não vai ser ali.

É por isto que apesar de ter muitos defeitos, que os tem (e eu sou um profundo crítico), a América nos dá calcinhas nestas coisas. Lá uma situação destas eera resolvida em 2 minutos, sem perguntas, sem questões, sem problemas, e ainda eram muito simpáticos, porque a eles interessa-lhes vender. Se não acreditam basta ler a história que o meu amigo Nuno contou no seu blog em 2008:

O mesmo se aplica a trocas e devoluções de produtos. Eu sempre fui contra isso, devo dizer, sempre me senti mal a devolver algo que tivesse comprado, mas aqui é um processo tão natural que não tenho o menor problema em voltar à loja e dizer que afinal já não quero aquilo. Acho que isso faz parte da cultura americana, porque o consumismo é de tal ordem que as pessoas compram coisas que não sabem bem se gostam ou não só porque têm medo que esgote. Dessa maneira, podem levar o que compraram para casa e experimentar durante alguns dias, sempre com a certeza que têm a opção de devolver o produto sem terem de responder a nenhuma pergunta a não ser «quer a devolução em dinheiro ou crédito?».

Que diferença, não é?

1 comentário:

Raquel Roque disse...

Simão, trabalho no ramo e damos sempre 15 dias a contar da data da venda a dinheiro para trocas de equipamentos em circunstâncias como a que apresentas, desde que o mesmo não apresente sinais de má utilização (com excepção do modelo iphone, que tem procedimento específico). Estranho essa atitude da loja, numa época em que a concorrência é grande....