domingo, 24 de janeiro de 2010

A DAY @ THE HOSPITAL – PARTE II

Naquele dia deixaram fugir um animal da sala 9 das consultas externas do hospital.

Estava eu sentado à frente da sala 9 à espera de ser atendido pela médica da sala 7, quando a porta à minha frente se abriu e saiu um animal de bata branca que do alto da sua “cavalgadice” desatou a manda boca do género:

Eu sempre que abro esta porta em vez de ver menos doentes, só vejo cada vez mais”;

Isto está lindo!!!”;

Isto está tudo que é uma confusão”;

Isto mesmo bom é para quem não sabe ler

e rematou com um sonoro

Quanto eu for chamada para a minha consulta, não quero saber, os doentes vão ficar todos à espera”.

Quero propor desde já a uma amiga minha que institucionalize doentes mistério para apanhar casos destes. Para mim esta senhora ia logo para a privada, porque ao menos lá ou mudava ou ficava sem clientes. Agora é inadmissível que o comum cidadão que tem de recorrer ao hospital, se depare com uma cavalgadura como esta que só pode ser uma frustada naquilo que faz. Deve ter sido daquelas senhoras que ou foi para médica porque a família queria, ou porque dava dinheiro ou porque ficava bem, porque por vocação é que não foi, de certeza.

Ah!!! A parte curiosa é que a mesma médica conseguiu apresentar uma sua faceta simpática: quando falou com o delegado de propaganda médica que estava à espera dela…

1 comentário:

Jordão disse...

Cá para mim foi um delegado de propaganda médica que descobri o Brasil!

Agora num tom mais sério. Isso só acontece porque nós somos muito comodistas: não reclamamos por escrito. Aqui, na Ribeira Grande, houve um médico que ficou um ano, repito um ano, suspenso por atitudes semelhantes. Com a ligeira diferença de que alguém, que foi atendido por ele reclamou, por escrito.