Estava à alguns dias para escrever sobre este tema, mas ainda não me tinha decidido. No entanto hoje ao abrir a página do Público Online, não tive dúvidas.
Homem com 41 anos é o primeiro caso de morte com gripe AUm emigrante português em França morreu ontem de manhã no Hospital de Santo António, no Porto, com gripe A. Com 41 anos, o homem já estava internado desde 3 de Setembro com um quadro clínico muito complexo, tinha contraído o novo vírus e morreu devido a infecção bacteriana e pneumonia. Não é líquido, porém, para os médicos, que o vírus da gripe A tenha sido a causa directa da morte.
Já no outro dia no Açoriano Oriental, o título da notícia era “Gripe A esgota vacina da pneumonia”.
Ora a pergunta que faço é onde está a fronteira entre alarmismo bacoco e notícia?
Vejam o caso acima linkado para perceber a minha dúvida. Leiam o título e depois leia a última frase…
Então assume-se num título que é um facto que o homem morreu de gripe A e depois tem-se a lata de afirmar que os próprios médicos não têm a certeza? Então quem decidiu que era esta a causa? O público tem autoridade técnica para tomar esta decisão?
A grande pergunta que se coloca é:
A TROCO DE QUÊ É QUE A COMUNICAÇÃO SOCIAL ESTÁ TÃO INTERESSADA EM ALARMAR AS PESSOAS?
Repare-se uma coisa, manter as pessoas informadas é importante, porque assim, podemos estar a contribuir para um combate a este problema. No entanto o que se está a assistir é ao criar de um alarmismo estúpido , que só vai fazer com que se instale um pânico infundado. E isto é que vai ser um problema grave, porque pessoas em pânico deixam de ser racionais. E o que menos se precisa são pessoas que deixam de ser racionais, porque assim deixam de pensar.
Só se pode combater esta porcaria, se as pessoas estiverem conscientes do que podem e não podem fazer, mas isto só se consegue fazer se todos nós estivermos conscientes e a pensar racionalmente. Se se instalar o pânico, aí meus amigos tudo vai ser muito, mas muito mais complicado.
Agora não se percebe é que raio andam a fazer as entidades competentes e os provedores para não alertarem estes senhores para isto.
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