quarta-feira, 13 de maio de 2009

ALTERAÇÕES À PROCISSÃO DO SR SANTO CRISTO

Olá gente jovem, ou nem tanto!
Permitam-me que um velho participe nas vossas conversas sem ter intenções de andar a controlar ou a condicionar a vossa livre maneira de ser ou agir que penso que muitas vezes não é a melhor por grande culpa dos velhos da minha geração que pensam sempre que os jovens têm de ceder às nossas formas de agir e pensar sem que sintamos obrigação de ceder nessas nossas formas de agir e pensar.
Deixando de literaturas, quero expressar o meu protesto relativamente a um tema actual que é a Festa do Santo Cristo que se avizinha com especial destaque para a Procissão que, concordo, tem sido muito longa necessitando de acções para torná-la mais curta. E é aqui que as medidas surgem para grande admiração dos populares. O Provedor da Mesa da Irmandade anuncia que como medidas organizará os homens com opa dois a dois. Optimo assim poderemos disfarçar a atitude de alguns que vão no cortejo apenas para trocar impressões durante aquelas 4 horas. Assim não terão de se voltar para trás denunciando a sua postura porque terão os interlocutores ali mesmo ao lado. A outra medida de fundo que para mim é mesmo muito do fundo, prende-se com a redução do número de filarmónicas participantes na Procissão. Pergunto: Se há necessidade de encurtar o cortejo não seria melhor cortar com a parte do folclore composto por Governo, Deputados, Associações culturais e desportivas que ao que me parece participam dando a impressão de que é bom para a imagem sobretudo se se trata de ano de eleições. Porque não acabar com o desfile de vaidades que nos parece ser a Mesa da Irmandade que apenas se vêem alguns dos seus elementos participarem em Religião por essa época como que à procura de protagonismos perdidos com a queda de posição na sociedade até mesmo porque aquela associação parece uma dinastia passando de pais ricos para meninos mimados e vestidinhos de fatinho e gravata apenas naquele dia. Já pensaram que foram cortar apenas no povo e que para muitos do participantes nas filarmónicas é aquela a única oportuniddade anual de virem às festas ou à cidade?
Tomara que esteja errado na minha apreciação.
Adeus juventude, termino porque a hora do almoço também está a terminar.

(Recebidodo H. Cabral por email)

2 comentários:

Trilobite disse...

Pois tá claro. Concordo. Está quase a servir de campanha eleitoral.
Mais. Vou todos os anos na procissão e nunca levei uma gravata. Não é porque não as tenho mas porque tenho uma ligação com o Divino diferente. Acho que o Senhor não se importa com aquilo que nós vestimos. Ele nunca usou gravata!
Agora, cortar a procissão no povo e não nas centenas de grupos e associações, é que não!
Se não me deixarem ir nas opas, juro que vou na parte do governo. Pago os sapatos deles. Acho que tenho direito.

Anónimo disse...

Como se diz na minha terra "boca santa".
E porque não reduzir, igualmente, o número de "tias" que vão forradas de preto, de terço na mão, a falar mal de a,b, c e d?