Lembro-me de ter lido uma vez que
"o número de divórcios tinha aumentado por causa do facebook".
Também me lembro de ter dito logo que a culpa não era do facebook, porque esta ferramenta (e é isto que o facebook é!!!) era somente o espelho da sociedade.
O "problema" é que é um espelho que amplifica (e muito) não só a realidade, mas (mais importante de tudo) o alcance e exposição desta realidade.
Hoje na sessão da pós-graduação de Marketing Digital que estou a frequentar, quando estávamos a falar de social networking, lembrei-me outra vez disto.
O facebook (e outras redes sociais) só mostra o que nós queremos que mostre.
Se não gostamos do que mostram, se calhar o que devemos tentar perceber é porque estão a mostrar aquilo? Seremos aquilo que a nossa cabeça pensa ou o que estamos a mostrar?
Uma vez disseram-me "fulano aqui na equipa é impossível, mas lá fora no dia-a-dia é um gajo porreiro". Não acredito nisto. Nós somos sempre os mesmos, porque os nossos valores não se adaptam. Não se podem adaptar.
O facebook não tem culpa se o meu (declarado publicamente) "interessado em mulheres" não for bem aceite pela minha esposa ou se me lembrar de estar a trocar comentários públicos mais "carinhosos" com uma ex-namorada.
O culpado sou eu.
Na prática precisamos de saber que "pegada digital" queremos deixar, porque esta não há forças da natureza (onda, chuva, vento) que as apague.
É preciso escolher:
1º - se queremos ou não estar;
2º - como queremos estar.
Não definindo isto, primeiramente, na nossa cabeça, não podemos depois vir dizer que a culpa é do facebook.
Não.
A CULPA É NOSSA.
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