sábado, 31 de dezembro de 2016

2016 - PENSANDO BEM, QUE GRANDE ANO!!!


O meu 2016 foi ENORME!!!

Cheguei a este dia vivo, ao lado de quem mais gosto, com mais amigos, mais rico espiritual e culturalmente, com a capacidade de discutir o meu futuro e rodeado de gente boa, com ideais e lutadora.

Terminei 2015 (a partir do dia 23) sem uma pinga de esperança profissional, descrente nas minhas capacidades profissionais de gestor e empreendedor. Estava em paz comigo, mas lá no fundo sem alegria e sem vontade de rir. Disfarçava, mas só eu sabia como me sentia. Depois de 3 anos de luta, tudo parecia desmoronar-se. O futuro era muito sombrio. Era verdade que tinha encontrado um novo "amor" fazendo os meus primeiros 15 kms de trail e entrado na minha 1ª São Silvestre, nuns míseros 6 km. Mas não era suficiente, porque isto não alimentava o resto. Não trazia pão.

2016 revolucionou tudo.

As corridas aumentaram e hoje quando dizemos "Vamos fazer um PDL-Mosteiros", alguém diz, "Mas isto são só 33 kms" e nós sorrimos.

Fiz coisas inacreditáveis.

Chorei de tristeza quando desisti aos 22,5 kms numa prova de 38 kms. Até nisto tinha falhado.

Com isto aprendi. E melhorei o que podia melhorar.

E consegui correr 33km (com dores) e depois...

... Depois...

Corri 45 kms numa única prova. 45 kms. 8 Horas a correr.

E no fim, sorri e hoje choro de emoção ao lembrar-me deste desafio. Desta jornada de vida.

Mas ouve tantas outras coisas.

Voltei a acreditar nas minhas capacidades profissionais. Percebi que afinal não era um flop. Que sabia. Que acima de tudo aprendia. Aprendia com a minha equipa de trabalho. Com os meus colegas. Que todos os dias, me desafiam acreditando que consigo. Por eles, luto. Desafio. Vou à guerra. Porque merecem.

Senti que os meus princípios e valores são corretos. E valem a pena. Que fazem sentido, não só para mim, mas para muitos. Não os suficientes, mas os suficientes para juntos mudarmos o mundo. Não todo, mas pelo menos o nosso.

E desafio. Mostro que é possível. E desafio sem desafiar. Vi pessoas a fazerem o que pensavam não conseguir, sem eu lhes dizer nada, mas somente por estar lá. E sinto que talvez, mas só talvez, o incómodo do meu exemplo, as possa ter feito acreditar. E não pensem que sinto soberba ou importância. Sinto somente que vale a pena desafiar-nos e mostrar aos outros, porque isto pode ajudar a mudar a vida de alguém. É alegria.

Integraram-me num grupo, numa família. A onda amarela. Aprendi que os meus ideais não são só meus. Há outros que os partilham. E materializamos. Cada uma à sua maneira. Mas numa maneira única. Corremos, Andamos, Comemos, Rimos e Corremos outra vez. Juntos fazemo-nos ultrapassar barreiras antes inultrapassáveis. Juntos fazemos.

Aceitei o desafio de dar uma oportunidade a uma pessoa que transformou e materializou algo que estava somente em cima de mim. Transformou num orgulho, o que começava a ser um fardo. Fez-me voltar a não querer sair. Aprendi que a ilusão das ideias dos outros, traz de volta a ilusão que nós tínhamos. E isto sabe bem. Especialmente sentando-nos na sombra a assistir.

E por fim quando tudo indicava o contrário, voltei a conseguir ir na minha jornada anual. E fui em mais outras 2. Ajudando. Colaborando. Apoiando. E aprendi que quem dá sem intenção, recebe sem intenção. Senti-me pequeno ao lado de gente tão grande.

Pequeno ao lado de tanta gente, EXTRAORDINÁRIA que conheci ao longo deste ano. Em tanto sítio. De tanto sítio. E com quem voltei a aprender. Aprendi com eles. E aprendi o que ainda não sabia que podia ser e conseguir. Velhos, Novos, Jovens, Crianças, Conhecidos, Desconhecidos. De todos e com todos. Aprendi que só tenho que acreditar, porque há tanta coisa em que não estou errado, apesar de a vida tantas vezes parecer querer mostrar que sim. Aprendi que é um constante teste a mim.

Se tivesse que selecionar uma palavra para definir o meu 2016, certamente que é:

APRENDI

Sem dúvida.

E sabe tão bem.

Mas foi tudo bem? Foi tudo como queríamos? Aconteceu tudo o que precisávamos?

Não. Mas o que aconteceu foi maravilhoso demais para nos esquecermos. 

2017?

Tantos planos, tantos desafios, tanto para se viver, ultrapassar e desafiar. Vais ser tudo como queremos? Não. Vai ser tudo como tiver que ser.

Que eu consiga ser tudo o que está nesta foto, porque afinal ela representa tudo o que sou.

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