sábado, 8 de fevereiro de 2014

PRAXES NÃO RIMA COM CLAQUES

Como ponto prévio quero desde já dizer que nunca gostei de praxes, nunca participei, nem praxei.

No entanto, está a irritar-me esta paranóia de querer transformar um caso de exagero de práticas entre pessoas adultas e que o aceitaram de livre e expontânea vontade, porque ao que se sabe ninguém foi obrigado a ir para aquele local e fim de semana, numa extrapolação para todas as praxes, participantes ou simpatizantes, tratando-os como seres abomináveis.

Não são.

E digo mais, bastava que a justiça funcionasse normalmente e que as pessoas acreditassem nelas para que se sentissem à vontade para denunciar os maus tratos e os prevaricadores serem castigados, que é o que nunca acontece em Portugal, deixando sempre a vítima à mercê do "suposto inocente " agressor.

Há exageros? Há.

Não é preciso outra lei, basta aplicar a que já existe.

E já agora porque não se trata então com tal veemência um caso muito mais chocante, preocupante e que este sim afeta pessoas que muitas vezes não tem nada a ver com o evento.

Falo nas claques e um exemplo vai poder ser visto já amanhã em Lisboa.

Vão soltar os animais.

Animais sim, porque o que se vê sempre nestes jogos são animais a serem encaminhados preparados para uma guerra, que leva tudo em frente, carros, pessoas, bancos, vidros, montras, etc.

Mas aí ninguém diz nada, porque envolve mexer em coisas que são "sagradas" até ao dia em que algo passe os limites do inimaginável, porque do razoável já passam todas as vezes que há derbis.

Alguém se sente confortável a ir a um estádio de futebol ver jogos entre os pseudo grandes e levar os seus filhos?

Mas o problema são as praxes, não é?

Não.

O problema são os exageros e estes acontecem nas praxes e em todas as partes da nossa sociedade e não são minimamente penalizadas.

É esta a verdade.

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