Mas será que era preciso ser muito perito ou bastava só ver a realidade à nossa volta para antecipar este cenário nas Portas do Mar?
Em tempos eu disse a uma pessoa que por muito bonito que fosse todo aquele espaço (que é) tinha um problema muito grande: estava dependente do clima, tal como o comércio tradicional. Na altura, quase que me fez sentir um velho do restelo, retrógrado, daqueles que só refilam perante a modernidade e quando se fazem coisas novas, porque não era nada disto, porque aquele era um espaço moderno, porque o problema do comércio tradicional era o mau atendimento, que mais não sei o quê, que quando se fazem coisas novas e diferentes nesta terra só sabem falar mal. Eu voltei a dizer-lhe: O MAIOR PROBLEMA DOS ESPAÇOS DO CENTRO DA CIDADE É O QUE O ESTACIONAMENTO É PAGO PARA DEPOIS ANDARMOS AO AR LIVRE, QUER FAÇA CHUVA, QUER FAÇA SOL, ENQUANTO O PRINCIPAL CONCORRENTE (PARQUE ATLÂNTICO) NEM SE PAGA ESTACIONAMENTO E NEM SE APANHA CHUVA E FRIO.
A pratica mostrou que afinal existe uma grande diferença entre ser realista e ser um velho do restelo.
A conclusão é muito simples: QUANDO ESTÁ FRIO E CHUVA NINGUÉM ESCOLHE ESPAÇOS ABERTOS E AO AR LIVRE PARA PASSAR OS SEUS TEMPOS LIVRES.
Disto tudo retiro como facto positivo os empresários estarem a tentar criar uma Associação para terem uma voz conjunta.
2 comentários:
E se os outros países também criarem campanhas destas e forem bem sucedidas ?
Apesar de ter quase a certeza de que este comentário diz respeito a outro post, vou responder na mesma.
Quando um país ou região quer viver totalmente dependente das exportações acaba como o Japão que já anunciou estar na pior crise desde o fim da 2ª Guerra Mundial e depender do exterior para dela sair. Também não estou a dizer que deva ser totalmente ao contrário. Agora uma coisa é certa, não se pode é ter a ilusão de que os portugueses só servem para pagar os seus impostos e mais nada. O nosso consumo interno tem um papel primordial na economia, pois permite circular dinheiro dentro do País, dar emprego e gerar mais actividade. Se todo o consumo for de coisas importadas, todo o nosso dinheiro sai do País e as pessoas não ficam sem empregos. É isto que é preciso perceber. E não é preciso ler ou estudar muito, basta olhar à nossa volta e abrir os olhos.
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