No outro dia estava a falar com uma professora de ensino básico que me contava que uma amiga sua lhe confidenciava que em Portugal éramos uns exagerados no ensino. Enquanto em outros países até à 3ª classe ou 3º ano a preocupação era ensiar aos miúdos as letras e não a caligrafia delas, utilizando-se para isto a simples letra de imprensa. Só a partir do tal 3º ano é que havia então a preocupação de partir para o rebuscamento dos P à Francesa.
Concordo plenamente.
E quem não concorda é porque nunca teve de ajudar e acompanhar os filhos nesta aventura que é o início da primária. Acreditem que é uma aventura, onde acima de tudo temos que ter sempre presente que em casa não somos professores e não estamos ali para ensinar nada, mas sim para incentivar a fazer o mais bem feito possível, ajudar a não criar medo e aversão aos estudos e aos TPC's e fazer com que a criança acredite nas suas possibilidades, mesmo que seja difícil perceber ou ver as letras que era suposto estarem ali escritas.
Esta é a fase mais importante para o futuro escolar dos nossos filhos, pois é aqui que podemos cometer erros cruciais que os levem a detestar os estudos. Acreditem que não é assim tão difícil. Cá em casa já estivemos muito perto disto e tudo por causa de um estúpido de um p e de um i. O mais frustante é que se for assim p ou assim i, ela já à muito tempo que os sabe fazer, reconhecer e explicar!!!
Infelizmente em Portugal continuamos a não evoluir e ser práticos. E nestes casos não custava assim tanto. Aliás se repararem cada vez mais as pessoas até são incentivadas a preencher as coisas e escrever em letra de imprensa em detrimento das letras rebuscadas, porque simplesmente é mais fácil de ler pelos outros...
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