terça-feira, 24 de dezembro de 2013

JÁ SOMOS PARTE DA HISTÓRIA

Estive a fazer limpezas em pastas antigas e dei por mim a reviver.

Não por uma de revivalismo ou nostalgia, mas sim de perceber a incrível evolução que já acompanhei ao longo da minha ainda (espero) curta vida.

Tinha trabalhos guardados desde os tempos do 10º ou 11º ano e até ao último ano da Universidade.

Guardado em Papel, porque agora tenho os trabalhos da Pós-Graduação todos em ficheiro no computador.

Este trabalho sobre os Mass Media foi feito em 1987/88 à máquina de escrever, mas uma toda xpto com corretor, que permitia que não tivessemos que por uma folha toda fora sempre que fizessemos um erro.

Os títulos eram feitos com escantilhão e as figuras e esquemas à mão.

Mas já na altura a apresentação e organização eram fundamentais para a nota.

Mesmo sem os corretores automáticos do office e cª.

Estamos a falar do tempo em que não havia projetores e o melhor que se tinha eram retroprojetores que permitiam projetar os acetatos escritos à mão.

Canetas próprias e álcool era tudo o que era necessário para poder fazer a apresentação perante todos.

Se quissessemos inserir no trabalho informação de uma outra fonte, não era possível digitalizar para inserir no meio do texto.

A solução era mesmo recortar e fazer montagens.

Só mais tarde começaram a surgir as impressoras para começarmos a poder trabalhar de outra forma. Outra forma que engatava sempre quando era preciso. Impressoras de agulhas, que faziam uma barulheira para poder imprimir, para além de que a qualidade era assim:


Nada que não se conseguisse, aliás como se conseguiu.

Trabalhos muito bons, onde já se via a tendência para ter uma empresa de consultoria e estudos, ora senão veja-se o estilo desta capa do trabalho da cadeira de Análise de Investimentos do curso na Universidade.

Meteu até logotipo.

Só mais tarde surgiram as impressoras de jato de tinta que permitiam imprimir diretamente para acetato.

Primeiro a preto & branco

E só depois a cores.

Enfim, tudo se fez com a mesma garra e a mesma genica, ultrapassando as dificuldades para ter a melhor nota e aprender cada vez mais.

Só para não pensarem que sou exagerado, vejam qual era a grande novidade do marketing da altura (1991/1992)



Não vou dizer que eram bons tempos, porque neste altura era muito difícil ter os recursos.
Hoje estamos no céu e mesmo assim conseguimos refilar, mesmo assim há quem com todo estes meios continue a apresentar trabalhos e projetos de uma forma perfeitamente desadequada à realidade e potencial dos nossos tempos.

Já agora por falar em nossos tempos, também encontrei lá pelo meio um envelope com as faturas do que pagamos na lua-de-mel. Este envelope...

Muito já se fez, mas podem ter a certeza que muito ainda se vai fazer.

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