Olhou, parou e apreciou.
Nunca vira nada tão feio.
O problema até nem era isto, porque isto todos têm o seu direito a parecer como querem.
O problema era a forma como lidava com os outros tratando todos como inferiores e, pior, menos inteligentes. Mal sabia que o sinal que estava a enviar para o exterior era sem dúvida nenhuma de inferioridade.
Porque quem tem necessidade de estar permanentemente a dizer que faz, que fez ou que irá fazer, certamente está a querer enganar os outros.
Outros que podem ser lindos ou feios. Não interessa, porque todo têm o direito de ser. Ser o que quiserem. Só não têm é o direito de ser aquilo que os outros querem que ele seja.
Isto... Isto é apreciar. De longe. De perto. Mas sem questionar. Sem perguntar. Só deduzindo.
Talvez, porque assim sempre é mais fácil. Pelo menos não dá a hipótese de defesa e dele se aperceber que está mal.
Assim ele está sempre bem. Sempre certo. É o maior e o melhor.
Só não é o coerente, o justo.
Mas para isto já era pedir de mais.
Ou de menos.
Era só pedir.
E isto sim é demais.
Seguir sim, pedir não.
Sim ou não, também é a questão.
Claro que To Be or Not To Be é mais fino, mas será mais?
Sabe-se lá.
Para já é só olhar, parar e apreciar.
Para já...
Sem comentários:
Enviar um comentário