Sindicato dos Jogadores solicita reunião a Madail e a Queiroz
Acho que nesta questão devemos claramente separar as àguas. Uma coisa é afirmar que poderemos estar a caminhar para um problema ao nível da formação e da desmotivação do futebolista português por ficar mais difícil chegar à sua selecção. Outra coisa bem diferente é afirmar que “Continuar a aceitar o precedente da naturalização como fato à medida é, sobretudo, colocar em risco o futuro das competições e das selecções nacionais”. É que enquanto no 1º caso podemos compreender a afirmação porque havendo um maior leque de escolha, a Federação não se vai preocupar em desenvolver os atletas de formação como tão bem o fez até hoje (veja-se a geração Figo, Rui Costa, etc) procurando colmatar as falhas de jogadores de determinado tipo com trabalho na formação, pois basta-lhe naturalizar um com as características pretendidas. No 2º caso se abrirmos o leque de opções para a Selecção a jogadores de outras nacionalidades que se naturalizem, em vez de menos jogadores se calhar até vamos ter é mais.
Agora talvez se possa perceber estas afirmações do Sindicato à luz de uma outra realidade que é a de que mais facilmente um jogador português se sindicaliza do que um estrangeiro e aí defender que só portugueses podem ir à Selecção pode ser simultaneamente defender o seu próprio mercado.
Quanto à questão da utilização de naturalizados, eu sinceramente acho que desvirtua o conceito de Selecções Nacionais, mas se calhar quem pensa assim passou a ser o “Velho do Restelo” e a não acompanhar a actualidade. Mas que não é a mesma coisa, lá isto não é.
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