"O monismo totalitário baseia-se na ideia de que o conflito pode e deve ser eliminado. (...) Essa ideia é tão perigosa quando errónea. O pluralismo das sociedades livres baseia-se no reconhecimento e na aceitação do conflito" - Sir Ralf Dahrendor in Class and Class Conflit in Industrial Societies (1959)
domingo, 21 de junho de 2009
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2 comentários:
Ou seja defende a ideia tão perigosa quanto errónea de que o conflito social, apesar de não poder ser eliminado, pode ser "domesticado" ou regulado...
Não. Domesticá-lo ou regulá-lo é que tende perigosamente a acabar com ele. O que defendo é que é necessário aceitar que para evoluir tem que existir uma certa conflitualidade, que não significa violência, mas tão somente não concordarem todos com tudo. Por exemplo, num dos programas da Estação de Serviço desta semana, conduzido pelo Vasco Pernes, uma militante de 1 partido da regiao fez uma intervenção dizendo que nestas organizações é impossível ter opiniões diferentes porque não são aceites, quanto mais debatidas. São-lhes impostos elementos em listas sem lhes explicarem o porquê e obrigando-os a fazer o seu elogio, mesmo que com ele não concordem. Isto em minha opinião é muito mau e um péssimo exemplo.
Claro que não defendo violência como forma de conflitualidade social, mas defendo claramente que se questionem as soluções apresentadas e que este questionamento seja aceite e até, caso tenha valor, adoptado, mesmo vindo de quadrantes diferentes. É que por exemplo sem isto, tudo o que quiserem implementar relativamente a Criatividade, Inovação e Empreendedorismo nunca vai passar de meras intenções, porque o 1º passo para estas é questionar as "regras existentes".
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