Um 'insulto' que é uma lição para a vida
Ferreira Fernandes é um “senhor”. Ele não se coibe de ser humilde ao ponto de fazer uma coisa que geralmente as corporações não fazem: assumir as culpas da classe/grupo de que fazem parte. Este exemplo é muito claro no que se tornou o jornalismo (pelos vistos até mundial). Quando à muitos anos na disciplina de português nos ensinaram a diferença entre notícia e opinião, também nos disseram que um jornalista quando estava a escrever um texto destinado a informar e não a opiniar, tinha como 1ª regra apresentar os factos e sempre, mas sempre os pontos de vista de ambos os lados, abstraindo-se de opiniar, porque para isto existiam as tais crónicas, devendo sempre dar-se ao trabalho de confirmar as coisas que lhe dizem, bem como verificar as coisas que vê. Isto mesmo posso comprovar pelas conversas que tenho com um amigo que abraçou a profissão. O problema é que na maioria dos casos escreve-se por impulso sem se dar ao trabalho (porque não há tempo útil e o importante é a notícia sair antes do concorrente) de perguntar, verificar, aprender. Muito mais importante é isto quando estamos a falar de culturas completamente diferentes, como é o caso deste episódio. Temos que ver as coisas com os olhos da cultura sobre a qual estamos a escrever para não se cair no ridículo de dizer aquilo que não é.
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