AS FESTAS
Estou a preparar-me para ir para a Procissão como faço todos os anos. Sempre o mesmo ritual, para pedir apoio e protecção para os meus e agradecer o que tive.
No entanto, também não deixo de cumprir toda uma série de “tradições” na parte profana das festas.
Muitos criticam esta “união de facto” entre as 2 partes no mesmo espaço temporal e físico. Eu não. Há lugar para tudo e acima de tudo, se calhar o que se passa é que a nossa cidade não tem uma festa profana digna deste nome, onde as pessoas possam estar, participar, conviver.
Mas se querem estar contra alguma coisa nestas festas, então posso dar-vos algo com que se preocuparem e isto está bem ligado à parte religiosa: o fanatismo e beatismo.
Durante muitos e muitos anos lidei de perto com estes fenónemos por via de ter estado ao serviço activo do escutismo (não digo ter sido, por escuteiro uma vez, escuteiro para o resto da vida) fazendo segurança. Esta é para mim a pior parte das festas do Sr. Santo Cristo. A forma como as pessoas sob o véu da religião, da devoção, da dor, são mal-educadas, egoístas, brutas, indelicadas e mal-criadas, ou seja, exactamente o contrário do que esta festa e Cristo foi e quis que nós fossemos.
Mais do que os exageros da parte profana da festa, era com isto que a Irmandade devia estar preocupada, mas se calhar iam perceber que os piores são os que lhes estão mais próximos e eles próprios. E isto eu também pude testemunhar!!!
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