segunda-feira, 27 de abril de 2009

ADORO A ALEGRIA GENUÍNA DAS CRIANÇAS

É tão bom quando conseguimos surpreender os nossos filhos e transformar aquilo que eles podiam recriminar em nós (e recriminam), como o facto de chegar do trabalho às 20h55, num momento de alegria familiar, só porque hoje eu cheguei de carrinha (para eles camião) e demos a volta ao bairro. Foi uma alegria que veio de dentro, percebível pelas gargalhadas a cada pulo que a carrinha dava nas covas da estrada e pela enormidade de planos que fizeram para aquele “camião”: “Pai, podemos levar o Scot ali atrás”; “Pai, podemos por a terra dos Mosteiros ali atrás”. Foi a diferença entre ir para a cama a pensar: “Foi fixe andar no camião do pai” em vez de “O pai chegou tarde outra vez”. E para mim, alivia um pouco o aperto que fica no coração de não ter estado mais tempo com eles. Alivia, porque nunca retira. Nunca. Porque como diz o meu filho: “Um dia quando eu for grande vou poder pegar em ti ao colo”. E se este dia chegar eu quero que ele queira pegar em mim, mesmo que não consiga.

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